Mortalidade materna elevada e a necessidade de ações globais

Mortalidade materna elevada e a necessidade de ações globais

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) divulga que, aproximadamente 830 mulheres, morrem diariamente no mundo devido a complicações na gravidez ou no parto. A falta de profissionais de saúde qualificados, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além da infraestrutura de saúde adequada, contribui para o crescimento de óbitos maternos.

A mortalidade materna é alarmantemente elevada, o que é motivo de preocupação em escala global. Diariamente, aproximadamente 830 mulheres perdem suas vidas devido a complicações decorrentes da gestação ou do parto. Em 2015, estima-se que cerca de 303 mil mulheres faleceram durante ou após a gravidez e o parto.

A maior parte dessas mortes ocorreu em locais com recursos limitados, o que indica uma grande desigualdade no acesso à saúde materna de qualidade.

As mulheres nessas regiões enfrentam uma série de desafios, incluindo falta de acesso a cuidados pré-natais adequados, atendimento inadequado durante o parto e dificuldades no pós-parto. Além disso, a falta de profissionais de saúde qualificados e infraestrutura de saúde adequada contribui para essas disparidades.

É importante ressaltar que a maioria dessas mortes poderia ter sido evitada; com acesso a cuidados de saúde apropriados e intervenções oportunas, a situação poderia ser diferente.

A melhoria da saúde materna é uma prioridade para organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as Nações Unidas; elas trabalham para implementar estratégias e políticas, visando reduzir a mortalidade materna.

Além disso, buscam garantir que todas as mulheres tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade durante a gestação, o parto e o pós-parto.

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Causas da mortalidade materna

A mortalidade materna pode ser atribuída a várias causas, que incluem complicações médicas e fatores socioeconômicos.

Algumas das principais causas de mortalidade materna são:

  1. Hemorragia: A hemorragia, tanto no período pós-parto quanto durante a gestação, é uma das principais causas de mortalidade materna. A hemorragia pós-parto ocorre quando a mulher perde muito sangue após o parto.
  2. Hipertensão na gestação: A pré-eclâmpsia e eclâmpsia são condições caracterizadas por pressão arterial elevada durante a gravidez. Se não forem tratadas adequadamente, podem levar a complicações graves, como convulsões e insuficiência de órgãos, representando risco de morte para a mãe e o bebê.
  3. Infecções: As infecções durante a gravidez, parto ou pós-parto, como a corioamnionite e a septicemia puerperal, podem levar a complicações graves e, em alguns casos, à morte materna.
  4. Aborto inseguro: A realização de abortos em condições inadequadas ou por profissionais não qualificados aumenta significativamente o risco de complicações e morte materna.
  5. Distocia e obstrução do trabalho de parto: Complicações no parto, como a distocia, que é a dificuldade no progresso do trabalho de parto, e a obstrução do trabalho de parto, quando o bebê não consegue passar pelo canal de parto, podem resultar em risco de vida para a mãe e o bebê.
  6. Tromboembolismo: A formação de coágulos sanguíneos durante a gestação, parto ou pós-parto pode levar a condições como embolia pulmonar ou trombose venosa profunda, aumentando o risco de mortalidade materna.
  7. Complicações indiretas: Condições médicas pré-existentes, como diabetes, doenças cardíacas e HIV/AIDS, podem agravar-se durante a gestação e aumentar o risco de mortalidade materna.
  8. Fatores socioeconômicos: A falta de acesso a cuidados de saúde de qualidade, a educação insuficiente sobre saúde reprodutiva, a pobreza e a discriminação de gênero contribuem para a mortalidade materna em todo o mundo.

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