Campanha Nacional de Combate à Tuberculose

Campanha Nacional de Combate à Tuberculose

A Tuberculose (TB), é uma doença infecciosa transmissível principalmente entre a população mais vulnerável, que existe cura, tratamento e prevenção. Ministério da Saúde (MS), lançou, nesta sexta (24/3), a Campanha Nacional de Combate à Tuberculose (Brasil sem tuberculose). A campanha tem objetivo de reforçar a importância das medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento correto da doença.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a tuberculose levou a óbito 5 mil pessoas em 2021. A pasta também apresenta o novo boletim epidemiológico com dados atualizados. A eliminação da tuberculose no Brasil será prioridade de um esforço conjunto do Governo Federal, com a criação de um grupo interministerial.

Durante o lançamento da campanha, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse ser “inadmissível que tantas pessoas morram por uma doença, com prevenção, tratamento e cura”. A ministra ainda reforça que são populações e grupos populacionais negligenciados, e que o foco é nas pessoas, e não nas doenças.

A campanha exibirá a partir desta sexta (24), na TV aberta, rádio, internet e locais de grande circulação a mensagem “Quem tem tuberculose nunca está sozinho. A gente testa, a gente trata, a gente vence”, com foco nas regiões prioritárias com maior incidência da doença, como Manaus, Belém, Rio Branco, Recife e Rio de Janeiro.

Essa mobilização chama atenção para os principais sintomas, como tosse por três semanas ou mais, febre e emagrecimento. A campanha também reforça que o diagnóstico e o tratamento, que leva a cura da tuberculose, estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Dados do Brasil e Tuberculose

O Brasil faz parte dos países prioritários para o enfrentamento à doença, elencados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e está entre os 30 países do mundo com maior índice de transmissão da doença. O compromisso do país é zerar o número de famílias afetadas pela tuberculose, o que aumenta ainda mais a vulnerabilidade e os gastos com o tratamento da doença, até 2035.

Além de ampliar o acesso ao diagnóstico e ações de prevenção, está prevista a criação do Comitê Interministerial para a eliminação da doença. O Brasil deve participar ainda da 2ª reunião de Alto Nível pelo Fim da TB na ONU.

O Brasil, junto com a Índia, a Indonésia e a coalizão de líderes, firmarão o compromisso para ter a tuberculose como uma prioridade para a agenda do G20”, afirmou a ministra.

Em 2022, cerca de 78 mil pessoas adoeceram por tuberculose no Brasil. O número representa um aumento de 4,9% em relação à 2021, segundo informações da edição especial do Boletim Epidemiológico. A meta do Ministério da Saúde é alcançar as populações prioritárias e mais vulneráveis para doença, como pessoas em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, pessoas vivendo com HIV/AIDS, imigrantes e comunidades indígenas.

Uma das principais formas de proteção contra casos graves da tuberculose é a vacina BCG, recomendada pelo Calendário Nacional de Vacinação logo após o nascimento. Nos últimos anos, houve uma redução importante da cobertura vacinal. Até 2018, o índice de vacinação se mantinha acima de 95%. A partir de 2019, a cobertura não ultrapassou os 88%.

Essa queda representa aumento do risco de transmissão da doença e retomar a alta cobertura vacinal é fundamental para a eliminação da tuberculose no Brasil. Incentivar a imunização das crianças é prioridade do Movimento Nacional pela Vacinação, lançado em fevereiro pelo Ministério da Saúde.

Ações como a vacinação são fundamentais. O combate à tuberculose não pode ser visto como uma ação setorial, nós precisamos de ações interministeriais e que estão na pauta do nosso governo, como orientação do presidente Lula”, concluiu a ministra Nísia Trindade.

Tuberculose no Brasil foi agravado pela pandemia da Covid-19

O cenário da tuberculose no Brasil também foi agravado pela pandemia da Covid-19, que provocou a redução de notificações. É fundamental o diagnóstico precoce para iniciar o tratamento no tempo correto e aumentar as chances de cura, principalmente entre a população que tem maior risco para sintomas graves.

Por isso, o Ministério da Saúde irá disponibilizar, a partir deste mês, um novo teste de urina para o diagnóstico da tuberculose em pessoas vivendo com HIV com imunodepressão avançada.

Também está sendo desenvolvida uma parceria com a Fiocruz e a Foundation for Innovative (FIND) para desenvolvimento de dois projetos internacionais focados na qualificação do diagnóstico da tuberculose até 2024.

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